Plataformas de ‘frila’ devem se aprimorar para garantir trabalho digno

Embora as plataformas online de vagas freelance possam facilitar a conquista de oportunidades, ainda deixam a desejar quando se trata de oferecer trabalho digno. Esta é a conclusão de uma pesquisa conduzida pelo Projeto Fairwork, desenvolvido por equipes da instituição britânica Oxford Internet Institute e do instituto alemão WZB Berlin Social Science Center. O relatório, chamado de Fairwork Cloudwork Ratings 2023, foi lançado nesta quinta-feira (20). Freelancer é o profissional que presta serviços em diferentes empresas, sem vínculo empregatício.

Além de selecionar quais plataformas entrariam na análise e de dialogar com gerentes das plataformas, a fim de entender se as práticas se alinham com o discurso que as empresas disseminam, os autores do estudo entrevistaram 752 trabalhadores de 94 países.

A avaliação das plataformas levou em consideração cinco aspectos: se elas oferecem remuneração justa; quais as condições de trabalho; os termos dos contratos firmados com o profissional; o gerenciamento e a representação dos trabalhadores, no sentido de facilitar, ou não, sua organização coletiva, com o objetivo de defender seus direitos. O conjunto de princípios foi delineado em 2018, durante um workshop com diversos atores, da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

A nota máxima a ser conferida era 10, e a mais alta foi de 5 pontos, marcada pelas plataformas ComeUp, Prolific e erawork. Quatro plataformas – Amazon Mechanical Turk, Freelancer, Microworkers e Workana – tiraram zero. As plataformas Appen, SouFreelancer, Upwork, Clickworker, Elharefa, Fiverr, PeoplePerHour e Scale/Remotasks alcançaram notas intermediárias, mas ainda baixas, já que variaram de 1 a 4.

A nota máxima a ser conferida era 10, e a mais alta foi de 5 pontos, marcada pelas plataformas ComeUp, Prolific e erawork. Quatro plataformas – Amazon Mechanical Turk, Freelancer, Microworkers e Workana – tiraram zero. As plataformas Appen, SouFreelancer, Upwork, Clickworker, Elharefa, Fiverr, PeoplePerHour e Scale/Remotasks alcançaram notas intermediárias, mas ainda baixas, já que variaram de 1 a 4.

Outro aspecto que intriga os pesquisadores do Fairwork é a influência de recursos de inteligência artificial, resumidos como tecnologias que procuram fazer com que computadores realizem atividades que a mente é capaz de realizar. O que se constatou, no contexto do estudo, é que a incorporação desse tipo de ferramenta, em uso pelas empresas, mais do que dobrou, de 2017 para 2022.

Na avaliação da equipe, há, ainda, “pouco escrutínio” e “pouco reconhecimento do público em geral”, em relação ao que o avanço da inteligência artificial representa para o mundo do trabalho.

 

Fonte: https://odia.ig.com.br/economia/empregos-e-negocios/2023/07/6675798-plataformas-de-frila-devem-se-aprimorar-para-garantir-trabalho-digno.html

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