Mulheres lideram cooperativa de gengibre voltada à exportação

Em busca de melhores preços na comercialização do gengibre, 33 produtores do Espírito Santo começaram a conversar pelo WhatsApp e, em 2021, formaram uma cooperativa que é dirigida por mulheres.

“O produtor trabalha de 10 a 12 meses na produção do gengibre e fica refém do mercado. A cooperativa surgiu para mudar isso”, explica Leonarda Maria Plaster, presidente da Coopginger (junção de cooperativa com gengibre, em inglês).

Hoje, a entidade que tem a assistência técnica do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) tem o dobro de associados, todos agricultores familiares com áreas de 1 hectare a 4 hectares onde o carro-chefe é o gengibre, mas há também cultivo de outros produtos da horticultura.

A comercialização da cooperativa, que precisou se regularizar e obter certificação de boas práticas (Global Gap) para exportação, só começou de fato em 2023, um ano de mercado internacional muito bom para o gengibre. Cerca de 90% da colheita de 400 toneladas por mês de junho a dezembro foi para o exterior em exportação direta e também indireta.

Leonarda, que nasceu e cresceu na roça plantando gengibre, diz que a preferência atual é pelos embarques via exportadores. “O cliente externo ainda não tem plena confiança na cooperativa e só faz o pagamento um mês depois. A via indireta é menos vantajosa, mas tem risco menor. Recebemos à vista e, no ano passado, pagamos quase tudo na hora da entrega.”

Fonte: https://globorural.globo.com/especiais/fazenda-sustentavel/noticia/2024/04/mulheres-lideram-cooperativa-de-gengibre-voltada-a-exportacao.ghtml

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